Virei
fã de Elizabeth Gilbert assim
que li Comer, Rezar e Amar. Tanto que não
hesitei em clicar "curtir" em sua página do Facebook,
apesar de achar que esse negócio de seguir celebridades é uma das
maiores babaquices do universo. Recentemente Liz Gilbert postou uma coisa em sua página que me tocou profundamente. É um
texto que fala do amor incondicional da escritora Courtney A. Walsh.
O
texto dela é uma cartinha endereçada
a nós humanos que nos estimula a esquecer essa coisa de amor
incondicional porque o que a gente precisa mesmo é de amor pessoal,
amor universal que é suficiente e dispensa complementos. Ainda
segundo ela, a beleza desse amor está extamente em ser bagunçado,
imperfeito, cheio de tentativas, erros e acertos. E ela não
tem toda razão?
Eu
vou ainda mais além. Não é
só no amor que a gente precisa aprender a abraçar
as imperfeições e sim em todos os
aspectos de nossa experiência humana. Isso não é uma apologia aos
maus hábitos e aos defeitos que nos paralisam e impedem de crescer
como seres humanos. É só que faz bem tentar ser mais normal e menos perfeitinho. É bom ser um ser humano mais completo, cheio
de qualidades e defeitos.
É
uma pena que hoje em dia muita gente ache que a vida tenha de ser
levada como se vivessem em um mundo de faz de contas. Num lugar onde
tudo na vida só pode ser bonito, chique, elegante e digno de ser
fotografado pra depois ser compartilhado em redes sociais, não
há espaço pra entrar em
contato com nossa imperfeição.
E no final das contas ela é uma grande mestra nas nossas vidas. Se a
gente não consegue assumir as
próprias imperfeições qual
seria a alternativa? Tentar ser super humano? Infalível? Deus? É
muito pesado!
"Ninguém
é perfeito". Acho que a gente não
reflete realmente sobre o que isso significa quando repete essa frase
por aí. Mas ela é um lembrete importante. Se ninguém é perfeito,
porque que a gente tem mania de ficar querendo que o outro seja? Por
que a gente tem tanto medo das nossas imperfeições? Hoje estou chata e bateu a preguiça de escrever mais. Mas minha chatice e preguiça são bem vindas. Elas são parte de mim e portanto, bem aceitas também.
P.S. Essa música do Pato Fu é a perfeita trilha pra isso aqui. A qualidade do video está bem imperfeita, igual ao post.
Video de Rafael Amorim
Mas pra quem tem o defeito de não aceitar bem o imperfeito, aqui neste link dá pra ouvir a música direitinho e ainda acompanhar a letra.