A notícia foi de cinco dias atrás, mas repreduzo mesmo assim porque ainda está me indignando. Colei abaixo o texto de Larissa Santiago. Leiam e pasmem...
A notícia de hoje (10/07/2013) do Jornal Tribuna
Hoje informa que a UFMG instaurou um processo administrativo contra 198
estudantes da Faculdade de Direito que participaram, em 15 de maço
desse ano, de um trote na mesma Faculdade.
O curioso é que nenhuma menção a racismo, preconceito ou nazismo foi
utilizada na processo. Os 198 estudantes serão processados por
comercialização e distribuição de bebida alcoólica.
Isso mesmo, senhores! A comissão da sindicância formada por três
professores da Faculdade de Direito e analisada pela Advocacia Geral da
União elaboraram um documento em que NADA do que aconteceu é
mencionado/relacionado à racismo ou crime de ódio.
Apagamento também é racismo: quando a sociedade tenta, em resposta a uma atitude racista, esquecer, apagar ou diluir a discussão sem dar voz as pessoas que foram e são vítimas e reconhecem o preconceito, ela também está sendo racista. Negar o fato e esquecer que o que aconteceu faz parte de um histórico de regime colonial, separando o Trote do seu contexto sócio-cultural também é racismo. Não se retratar, não admitir o erro ou reconhecer que existe na estrutura de qualquer e toda instituição ou pessoa resquícios de um passado escravista também é racismo.
O que a comunidade de mulheres negras quer saber é: até quando o protecionismo, o negacionismo e o falso mito de democracia racial reinará sobre a justiça e equidade?
Até quando mascarar as atitudes racistas arraigadas no cotidiano das Universidades e Instituições públicas vai fazer com que as feridas deixadas pela opressão se fechem?
Onde chegaremos enquanto o corporativismo mesquinho entre instituições públicas fazem questão de varrer para debaixo do tapete o lixo tóxico do preconceito e ódio racial que está mais que aparente naquele trote?
Não nos calaremos até que a resposta seja justa. Não deixaremos de falar até que a UFMG trate com seriedade e justiça o caso do último 15 de março.
Apagamento também é racismo: quando a sociedade tenta, em resposta a uma atitude racista, esquecer, apagar ou diluir a discussão sem dar voz as pessoas que foram e são vítimas e reconhecem o preconceito, ela também está sendo racista. Negar o fato e esquecer que o que aconteceu faz parte de um histórico de regime colonial, separando o Trote do seu contexto sócio-cultural também é racismo. Não se retratar, não admitir o erro ou reconhecer que existe na estrutura de qualquer e toda instituição ou pessoa resquícios de um passado escravista também é racismo.
O que a comunidade de mulheres negras quer saber é: até quando o protecionismo, o negacionismo e o falso mito de democracia racial reinará sobre a justiça e equidade?
Até quando mascarar as atitudes racistas arraigadas no cotidiano das Universidades e Instituições públicas vai fazer com que as feridas deixadas pela opressão se fechem?
Onde chegaremos enquanto o corporativismo mesquinho entre instituições públicas fazem questão de varrer para debaixo do tapete o lixo tóxico do preconceito e ódio racial que está mais que aparente naquele trote?
Não nos calaremos até que a resposta seja justa. Não deixaremos de falar até que a UFMG trate com seriedade e justiça o caso do último 15 de março.
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